quarta-feira, 23 de junho de 2010
Diário do nada: quinta feira de lava-pés
Olhava para as horas que não passavam, naquela faculdade imunda, cheia de professores imundos, de colegas imundos. Até ele era imundo, às vezes. Hoje era dia de beber com os “amigos” da faculdade. Mão no bolso. Apenas o vale-transporte para o ônibus de vota pra casa. Nada de cigarro e cerveja e mulher e farra.
Já não estava atento ao que o chato do professor de filosofia, mestrado não-sei-onde, doutorado em-não-sei-o-quê, dizia. Foi ao Nada, precisava ir, sentia necessidade de sentir nada. Quase chorou de raiva de si.
Mas teve que voltar rápido, alguém o chamara. Acabou a aula. Foi pra casa dormir.
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